O implacável derramamento de sangue na Síria complicou as preparações nesta terça-feira (17) da equipe de observadores da ONU para monitorar uma trégua que resultou apenas em pausas de curta duração à violência desde que o presidente Bashar al Assad comprometeu-se a aplicá-la, na semana passada. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o cessar-fogo havia sido "observado no geral", embora ainda houvesse violência, mas a missão de 250 observadores "não seria suficiente, considerando a situação atual e a vastidão do país". Ele disse em Luxemburgo que a Organização das Nações Unidas estavam pedindo à União Europeia para fornecer helicópteros e aviões para melhorar a mobilidade da operação, o que ele iria propor formalmente ao Conselho de Segurança na quarta-feira. Não ficou claro se Assad iria concordar em permitir mais tropas da ONU e mais aviões estrangeiros no país. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, confiando em relatos de ativistas anti-Assad, disse que pelo menos duas pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas em um bombardeio quando as tropas tentaram tomar o controle de Basr al-Harir na província de Deraa, ao sul. Ativistas afirmam que a cidade tem sido uma fortaleza rebelde. Na província de Idlib, ao norte, as forças do governo dispararam morteiros e metralhadoras em duas aldeias, matando três pessoas, informou o Observatório. As forças também bombardearam os distritos de Khalidiya e Bayada, em Homs, onde o ataque de artilharia foi retomado no sábado, dois dias após a trégua entrar em vigor. Ruas de Homs tomadas pelos rebeldes no início deste ano agora se assemelham a cenas da 2a Guerra Mundial. A violência relatada, um dia depois de o Observatório informar que 23 pessoas foram mortas, coincidiu com o segundo dia de preparação do grupo de seis soldados da ONU para a missão. Assad, que concordou com um plano de paz do enviado da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, mais de três semanas atrás, aparentemente ignorou o pedido principal -- que os tanques, tropas e armas pesadas sejam retirados de áreas habitadas e todas as formas de violência sejam interrompidas. Uma missão de observação da Liga Árabe foi abortada em janeiro, depois de apenas um mês no país. Observadores árabes desarmados disseram que a repressão do governo contra manifestantes e rebeldes armados tornaram a sua missão muito perigosa. Escritório A equipe da ONU criou um escritório de operações em um escritório existente da ONU em Damasco e visitou o Ministério das Relações Exteriores nesta terça-feira. Damasco afirma que, assim como na operação da Liga Árabe, todos os "passos em terra" da missão desarmada da ONU devem ser coordenados com o Estado para sua própria segurança. "O número da missão de supervisão é de 250", disse Ban. "Isso é o que eu vou propor ao Conselho de Segurança ... há sempre a questão de saber se 250 são suficientes. Eu acho que não é o suficiente, considerando a situação atual e a vastidão do país". "É por isso que precisamos de mobilidade muito eficiente de nossa missão. Isso é o que eu discuti com (os líderes da) UE ontem ... se a UE poderia fornecer todos esses ativos para a mobilidade, incluindo helicópteros e aviões ...", disse Ban.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião