Ministros da Venezuela e de Cuba rezam pela saúde de Chávez em Havana| Foto: Enrique de la Osa/Reuters

Cinquenta anos após a Revolução Cubana, as missas católicas voltaram a ter força na Havana comunista com a chegada do presidente venezuelano à ilha. No domingo, a catedral da capital foi palco de uma inédita eucaristia em solidariedade à saúde de Hugo Chávez, que está no país para tratamento de câncer.

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Em outra homenagem a Chá­­vez, artistas cubanos fizeram uma "Cantata pela vida" na noite de ontem, em um centro cultural de Havana. "Esse canto de vida e de esperança surge por iniciativa dos artistas cubanos, para transmitir os desejos de uma pronta recuperação do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e reafirmar os laços de irmandade e solidariedade com o povo da Venezuela", anunciou a tevê local.

A missa de domingo foi organizada pela embaixada venezuelana em Cuba e contou com a presença do chanceler de Havana e até da viúva do argentino Alberto Granado, companheiro de viagens do líder revolucionário Che Guevara.

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No final deste mês, Cuba recebe o Papa Bento XVI. A viagem busca uma reconciliação entre os cubanos e a Igreja Católica, dizem alguns bispos. Em 1959, após a Revolução, missas foram proibidas em Cuba. Ainda assim, alguns fiéis continuavam a celebrar re­­zas, mas de forma mais discreta e privada e todas controladas pelo Estado.

Chávez deve passar por, no mí­­nimo, 15 sessões de radioterapia, segundo artigo publicado pelo jor­­nalista venezuelano Nelson Bocarandade Bocaranda no jornal El Universal. Ainda segundo o jornalista, a análise com diagnóstico final da autópsia realizada na lesão de Chávez foi feita no Hos­­pital Sírio-Libanês, em São Paulo, e o resultado, confirmado pelo Tufts Medical Center de Boston.