Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
ofensivas

Mísseis russos lançados à Síria teriam caído no Irã, diz CNN; Rússia nega informação

Civis sírios observam  destruição causada por um míssil russo na cidade de Maasran | KHALIL ASHAWI/REUTERS
Civis sírios observam destruição causada por um míssil russo na cidade de Maasran (Foto: KHALIL ASHAWI/REUTERS)

Mísseis lançados pela Rússia a partir do Mar Cáspio em direção à Síria caíram no Irã, informaram nesta quinta-feira (8) dois funcionários do governo americano à CNN. Segundo as fontes, quatro projéteis caíram enquanto sobrevoavam o território iraniano e podem ter causado vítimas, mas ainda não houve confirmação. Questionado sobre as casualidades, Moscou negou as informações.

Os mísseis foram lançados de navios russos estacionados no Mar Cáspio. Dessa forma, teriam que atravessar o território do Irã e do Iraque antes de alcançar a Síria. Ainda não está claro o local exato onde as casualidades ocorreram.

O incidente ocorre um dia depois de navios de Moscou começar a atacar a Síria a partir da região. Na quarta feira, o Ministério da Defesa russo informou ter atingido depósitos de armas, campos de treinamento e centros de comando do Estado Islâmico.

Na tarde de quinta-feira, o Ministério da Defesa russo negou as afirmações da CNN em uma postagem no Facebook.”Diferentemente da CNN, não damos as informações citando fontes anônimas, mas mostramos os lançamentos dos mísseis e os alvo que atingem em tempo real”, diz a nota.

“Não importa o quão desagradável isso pareça para nossos colegas do Pentágono, mas nossa ofensiva, com armas precisamente guiadas contra o Estado Islâmico na Síria, atingiu seus alvos”, escreve o Ministério.

Novos ataques

Nesta quinta-feira, tropas do governo sírio e milícias apoiadas por ataques aéreos russos lançaram uma nova ofensiva coordenada contra insurgentes em Ghab Plain, no Oeste da Síria, informaram o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) e um rebelde. Rami Abdulrahman, diretor do OSDH, disse que forças terrestres atacaram áreas tomadas por rebeldes com mísseis terra-terra, enquanto jatos russos bombardearam a região.

Já segundo a mídia local, autoridades militares da Síria afirmam que as forças sírias “lançaram ataques de longo alcance para lidar com grupos terroristas e liberar áreas que sofreram com leis e crimes terroristas”, de acordo com o chefe de equipe do exército sírio, General Ali Abdullah Ayoub. Ayoub não revelou quais áreas foram atingidas. Ele afirmou que novas unidades de combate foram orientadas a promover a ação militar.

A agência russa de notícias relatou que a força aérea do país atingiu 27 alvos do Estado Islâmico nas províncias de Homs, Hama e Raqqa, segundo declaração do Ministério da Defesa da Rússia. Em Raqqa e Hama, as bombas acertaram locais de treinamento do grupo extremista.

No entanto, o departamento de Estado americano acusou os russos de focarem 90% dos ataques contra rebeldes, em vez de mirarem alvos do EI. Ash Carter, secretário de Defesa dos EUA, afirmou que o país não vai cooperar com a Rússia na crise por esta apresentar uma estratégia “tragicamente falha”. No entanto, ele disse que o país está preparado para realizar discussões técnicas sobre segurança.

Os ataques aéreos russos começaram na semana passada e tiveram como principal foco áreas do oeste da Síria, onde o presidente Bashar al-Assad tem buscado reforçar seu controle depois de perder áreas do país para insurgentes, incluindo o grupo extremista Estado Islâmico.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.