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Diversos mísseis Scud lançados pelo governo sírio contra rebeldes caíram perto da fronteira com a Turquia, disse um comandante da Otan nesta sexta-feira (14), em um blog, explicando por que baterias antimísseis Patriot foram alocadas na Turquia.

Os comentários do almirante norte-americano James Stavridis, foram os primeiros a confirmar que os Scud chegaram próximos à região. O almirante ainda descreveu a situação na Síria como "caótica e perigosa".

Os EUA e a Otan acusam a Síria de ter passado a usar o armamento nos últimos dias em ataques contra grupos rebeldes. O país vive uma guerra civil há 20 meses, que ameaça derrubar o presidente, Bashar Assad, e que já deixou mais de 40 mil mortos.

O regime de Assad negou, na quinta, o uso de tais mísseis em batalhas contra o que o governo chama de "grupos terroristas"."Nos últimos dias, uma série de mísseis Scud foram lançados dentro da Síria, pelo regime, contra alvos da oposição. Diversos caíram muito consideravelmente perto da fronteira turca, o que é muito preocupante", escreveu Stavridis.

O almirante manifestou uma preocupação particular em relação aos Scud, já que eles podem ser adaptados para carregar armas químicas.

"Por conta de uma série de incidentes recentes de morteiros caindo na Turquia e matando civis turcos, estamos preocupados com a possível atividade dos Scud na Síria", declarou.

A Turquia já vasculhou aviões comerciais com destino à Síria e chegou a retaliar quando bombas resultantes do conflito do país vizinho caíram em seu território. No caso de um Scud cair no país, há um considerável risco de que o conflito se espalhe. Por duas vezes, Ancara, signatária da Otan, invocou o artigo 4º da carta da organização, que prevê consultas quando um Estado-membro se sente ameaçado.O estatuto da organização prevê o envolvimento de todos os países-membros no caso de um ataque a um dos signatários, o que aumenta a repercussão de um eventual ataque à Turquia.

O Pentágono anunciou hoje que os EUA planejam enviar 400 soldados e duas baterias de mísseis Patriot para a Turquia devido à guerra civil síria.

Esta foi a primeira vez que os EUA participarão diretamente do conflito sírio, ainda que seja na patrulha preventiva das áreas de fronteira da Turquia, que é membro da Otan. No início do mês, a aliança ocidental aprovou o envio dos Patriot para a região.

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