O Irã poderia ter capacidade de atingir a maior parte da Europa com um míssil balístico dentro de três ou quatro anos se for adiante com seu programa, afirmou o ex-chefe do programa de defesa antimíssil israelense nesta quinta-feira.
Se correto, o prazo citado por Uzi Rubin, uma alta autoridade sobre o programa iraniano, coloca uma nova nota de urgência no espinhoso debate diplomático sobre a construção de um bilionário escudo de defesa antimísseis na Europa.
"Se eles pressionarem nesse sentido -colocarem todo o dinheiro, todos os engenheiros - três ou quatro anos" é tudo o que seria necessário para dar aos já existentes mísseis balísticos um alcance de 3.900 quilômetros, o suficiente para atingir Londres, disse Rubin durante uma conferência sobre defesas antimísseis patrocinada pelo Exército dos Estados Unidos em Huntsville, Alabama. "Eles farão isto? Não tenho certeza".
O Centro Nacional de Inteligência Aérea e Espacial da Força Aérea norte-americana disse em relatório publicado em junho que o Irã, com apoio de forças externas, poderia produzir um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) capaz de atingir os EUA em seis anos.
"O Irã tem um programa de desenvolvimento de mísseis balísticos e lançamentos espaciais ambicioso e, com assistência exterior suficiente, o Irã poderia desenvolver e testar um ICBM capaz de atingir os EUA em 2015", afirmou o relatório.
Rubin disse que o Irã atingiu "avanço tecnológico e estratégico" como seu míssil propulsor Sejjil. Em 20 de maio, o Irã lançou o Sejjil 2, que afirma ter alcance de cerca de 2.000 quilômetros.
"Baseado em seus alcances demonstrados em propulsão sólida e viagem, o Irã não enfrentará desafios tecnológicos" ao quase sobrar o alcance com uma ogiva de uma tonelada, disse Rubin, que supervisionou o desenvolvimento do programa antimíssil israelense, entre 1991 e 1999.
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