Soldados israelenses observam resto do foguete disparado do Líbano que atingiu o norte do país| Foto: Gil Nechushtan/Reuters

Um foguete disparado do Líbano atingiu o norte de Israel ontem, ferindo levemente três pessoas e fazendo o Estado judaico responder com um breve fogo de barragem, informou o Exército israelense.

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O ataque representa mais um lembrete dos desafios sobre a paz a serem enfrentados por Benjamin Netanyahu, líder do partido de direita Likud, que foi convidado na sexta-feira a formar um governo de coalizão em Israel.

Em Beirute, uma fonte de segurança, que pediu para não ser identificada, afirmou que dois foguetes foram disparados da região de Mansouri, ao sul da cidade de Tyre, e que Israel respondeu com pelo menos seis disparos de artilharia no sul do país vizinho.

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A fonte afirmou que outro foguete caiu na vila de Naqoura, na costa do Mediterrâneo, perto da fronteira com Israel e sede das forças de paz da Organização das Nações Unidas no sul do Líbano. Nenhum grupo assumiu imediatamente a autoria do ataque. O Exército libanês disse que encontrou dois lançadores de foguete na região de Qleileh-Mansouri, ao sul da cidade litorânea de Tyre. O Exército israelense alegou que usou a artilharia devido ao ataque com foguetes.

Um comunicado do gabinete do primeiro-ministro do Líbano, Fouad Siniora, informou que o país estava comprometido em implementar a Resolução 1.701 do Conselho de Segurança da ONU, que encerrou uma guerra de um mês de duração entre Israel e a grupo radical do Hezbollah em 2006.

O comunicado afirmou que o ataque ameaçava a estabilidade da região e condenou o ataque israelense. "O primeiro-ministro Siniora disse que os foguetes lançados do sul ameaçavam a segurança e a estabilidade nesta região e são uma violação da Resolução 1.701, e que esses atos são rejeitados, condenados e denunciados... Os ataques com artilharia de Israel são uma violação indesculpável da soberania libanesa."

Os últimos disparos de foguetes do Líbano para Israel ocorreram no dia 8 de janeiro, quando um grupo palestino afirmou que havia atacado o Estado judaico em resposta à ofensiva na Faixa de Gaza. Na época, o Hezbollah negou os ataques, mas depois foi comprovado que militantes ligados ao grupo foram os autores dos disparos.

Ontem, novamente, o Hezbollah afirmou não ter qualquer envolvimento com o ocorrido. Ibrahim Mussawi, o porta-voz da guerrilha, afirmou a agência AFP que o grupo não tem nenhuma relação com o ataque lançado contra Israel, apesar de controlar a área de onde foi feito o lançamento.

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Cerca de 1.300 palestinos e 13 israelenses foram mortos na operação de 22 dias na região de Gaza. O conflito foi encerrado com um cessar-fogo em 18 de janeiro. Um porta-voz do serviço de emergência Magen David Adom (MDA) afirmou que as três pessoas atendidas tinham ferimentos leves e foram levadas para o hospital.