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Criminosos armados mataram nesta sexta-feira (24) três missionários americanos durante um ataque a um orfanato que abriga dezenas de crianças em Lison 49, em Plaine, ao norte da capital do Haiti, Porto Príncipe.
Duas vítimas são a filha e o genro do membro da Câmara dos Representantes do estado do Missouri (EUA) Ben Baker, informou o próprio político em suas redes sociais.
“Meu coração está partido em mil pedaços. Nunca senti esse tipo de dor antes”, escreveu no Facebook o congressista do Partido Republicano.
A filha de Baker, Natalie, e seu marido, Davy Lloyd, estavam no país como missionários quando foram atacados por uma gangue armada.
O Haiti está em uma espiral de violência com assassinatos, ataques, estupros e sequestros realizados por poderosos grupos armados, uma situação que se agravou desde o final de fevereiro.
“Eles foram para o céu juntos. Por favor, orem por minha família, precisamos desesperadamente de força. E orem também pela família Lloyd. Não tenho outras palavras por enquanto”, acrescentou Baker.
A notícia foi compartilhada via redes sociais pelo ex-presidente e candidato à presidência Donald Trump, que também é do Partido Republicano.
“Deus abençoe Davy e Natalie. Que tragédia. O Haiti está totalmente fora de controle. Encontrem os assassinos AGORA!!!”, escreveu o político na rede Truth Social.
Em março, o Departamento de Estado dos EUA emitiu um aviso de viagem pedindo aos cidadãos americanos para que não fossem para o Haiti por causa de suas condições de segurança “imprevisíveis e perigosas”.
Natalie e Davy se casaram em agosto de 2022 e se mudaram para o Haiti três meses depois, de acordo com a conta dela no Instagram.
Na mesma rede social, há postagem de ambos trabalhando principalmente com crianças haitianas para a Missions in Haiti, ONG fundada pelos pais de Davy, David e Alicia Lloyd, em 2000.
O governo interino do Haiti anunciou na quarta-feira que estava ampliando o toque de recolher por mais sete dias no departamento oeste, onde fica a capital do país. Um estado de emergência também está em vigor para tentar conter a violência.
Para ajudar a conter a violência no Haiti, que no ano passado causou cerca de 8 mil mortes, uma missão multinacional de segurança liderada pelo Quênia e com aprovação da ONU deve chegar em breve ao país.