Os 12 missionários americanos que ainda estavam em cativeiro depois que um grupo de 17 pessoas foi raptado por uma gangue armada no Haiti, em 16 de outubro, foram libertados nesta quinta-feira, dois meses após o sequestro, informou uma ONG.
"Sim, está confirmada a informação. Eles foram libertados esta manhã", disse à Agência Efe Gédéon Jean, diretor do Centro Haitiano de Análise de Pesquisas de Direitos Humanos (CARDH).
A Polícia Nacional haitiana também confirmou a libertação dos missionários da congregação religiosa Christian Aid Ministries. Após dois meses de sequestro, o grupo foi libertado nesta quinta-feira, confirmou à Efe o porta-voz da Polícia Nacional do Haiti, Gary Desrosiers.
Dois membros do grupo foram libertados no dia 21 de novembro e outros três no último dia 5, embora suas identidades não tenham sido reveladas por motivos de segurança.
O grupo sequestrado era formado por 17 pessoas, sendo 16 de nacionalidade americana e um canadense, incluindo cinco crianças.
Os missionários foram sequestrados pelo grupo armado 400 Mawozo na área de Croix-des-Bouquets, uma favela nos arredores de Porto Príncipe, quando voltavam para casa de ônibus após visitar um orfanato na região de Ganthier, perto da capital haitiana.
Os sequestradores pediram um resgate de US$ 17 milhões, US$ 1 milhão para cada um dos sequestrados e, segundo o CARDH, também exigiram a libertação de um de seus líderes, que cumpre pena na Penitenciária Nacional.
Os sequestros indiscriminados tornaram-se comuns no Haiti, mas não é comum que reféns passem dois meses em cativeiros, como aconteceu no caso do grupo americano.
O CARDH contabilizou 949 sequestros até agora neste ano, incluindo 55 estrangeiros de cinco países.