O líder nacionalista hindu, Narendra Modi, obteve nesta quarta-feira (5) o apoio unânime de seus parceiros para liderar a coligação que pretende formar o futuro governo da Índia, após uma reunião dos seus principais líderes em Nova Delhi, um dia depois da apuração das eleições gerais.
"Estamos orgulhosos de que a Aliança Democrática Nacional (NDA) tenha disputado e vencido com unidade as eleições de 2024 para a Lok Sabha (Câmara baixa do Parlamento) sob a liderança de Narendra Modi", afirmou a coligação em um comunicado divulgado no final da reunião.
“Todos elegemos por unanimidade Narendra Modi como nosso líder”, acrescentou o documento, certificando que o atual governante terá o apoio necessário para ser nomeado primeiro-ministro pela terceira vez consecutiva.
Modi, líder do Partido Bharatiya Janata (BJP), deve tomar posse novamente como primeiro-ministro neste sábado (8), segundo a imprensa indiana.
O BJP foi a força mais votada nas eleições gerais na Índia, conquistando 240 assentos na Câmara baixa do Parlamento, segundo os resultados divulgados nesta terça (4) pela Comissão Eleitoral após mais de 15 horas de apuração.
Embora este número esteja abaixo da marca de 272 necessários para formar um governo sozinho, a coligação liderada pelo BJP somou cerca de 290 assentos que permitirão a Modi governar novamente.
Este será o terceiro governo consecutivo de Modi, que chegou ao poder pela primeira vez em 2014, quando seu partido alcançou a maioria absoluta nas eleições parlamentares com 282 assentos.
Cinco anos depois, em 2019, o BJP elegeu 303 parlamentares, permitindo-lhe voltar a governar sozinho.
Esta será, portanto, a primeira vez em dez anos em que Modi é forçado a fazer um acordo com os seus aliados da coligação para governar, criando uma relação de dependência que até agora lhe era totalmente desconhecida.
Entre os principais desafios que enfrentará o futuro primeiro-ministro da Índia estão a inflação e o desemprego, mantendo ao mesmo tempo o rápido crescimento econômico do país que aspira tornar-se a terceira maior economia do planeta durante o próximo mandato.
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