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A moeda da Venezuela, o bolívar, se desvalorizou 10,4% em relação ao dólar americano pelo segundo dia consecutivo na quinta-feira (25), em uma semana de forte queda da moeda local.
O relatório divulgado no final do dia pelo Banco Central da Venezuela (BCV) coloca o preço da moeda americana em 7,86 bolívares por unidade, após uma média de 7,01 bolívares na quarta-feira (24).
A cotação do dia anterior mostrou um aumento diário que ainda não tinha sido registrado em 2022, uma vez que o governo manteve o mercado cambial relativamente estável com a restrição do crédito, limitando a circulação de dinheiro e injetando moeda estrangeira nas casas de câmbio.
O preço do dólar no mercado oficial começou a semana em 6,24 bolívares, o que significa que a taxa desta quinta-feira mostra uma desvalorização de 20,3% em apenas quatro dias.
Entretanto, no mercado paralelo, que rege algumas das operações, a cotação ultrapassou 9 bolívares nesta quinta-feira e fechou a 9.33, aumentando a diferença entre as duas taxas de câmbio, segundo o portal Monitor Dólar Venezuela, que oferece a cotação diária levando em conta vários indicadores.
Após o aumento da taxa de câmbio, alguns economistas esperam que a inflação acelere em agosto, que registrou taxas mensais de 11,4% e 7,5% em junho e julho, respectivamente, os dois aumentos mais elevados neste ano.
A Venezuela saiu em dezembro do ano passado da hiperinflação, na qual entrou em 2017 e que, durante quatro anos, reduziu o valor do bolívar, assim como a confiança dos cidadãos na moeda nacional, motivo pelo qual o dólar foi adotado de maneira não oficial, em uma tentativa de proteger a renda.
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