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Monitores da ONU chegam a local de massacre na Síria

Os monitores da Organização das Nações Unidas (ONU) chegaram nesta sexta-feira ao local do mais recente massacre que aconteceu na Síria, após no dia anterior ficarem sob fogo. O massacre - no qual cerca de 80 pessoas, entre elas mulheres e crianças, foram mortas a tiros e a facadas - ocorreu em Mazraat al-Qubair, na província de Hama, e pode ter sido a quarta matança de civis na Síria nas últimas duas semanas. A oposição acusa o governo sírio de ser o responsável pelas mortes. O governo negou responsabilidade e acusou "terroristas".

O enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, pediu uma ação conjunta a fim de impedir que a crise saia do controle. Manifestações contra o regime são esperadas após as orações muçulmanas desta sexta-feira, disseram ativistas, incluindo na capital Damasco.

Em um discurso a portas fechadas no Conselho de Segurança da ONU Annan pediu às potências mundiais para avisarem o regime do presidente Bashar Assad das "consequências" caso o país siga desrespeitando o plano de paz, um diplomata disse à France Presse (AFP). "Quanto mais esperamos, pior parece o futuro para a Síria", afirmou Annan, segundo a fonte.

O enviado da ONU e da Liga Árabe pediu pressão "conjunta" e "substancial" sobre Assad e disse que deve haver "resultados reais no curto prazo ou a crise pode sair de controle". Nesta sexta-feira, a Alemanha rejeitou qualquer solução para o conflito na Síria que mantenha Assad no poder. "O governo alemão pede novamente a ele que deixe o cargo", disse um porta-voz. Isso "abriria espaço para uma transformação pacífica na Síria."

Já a China recusou apoiar o pedido de Annan para aumentar a pressão contra Assad. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Liu Weimin, foi questionado repetidamente sobre o pedido de Annan, mas não respondeu diretamente a pergunta. "A China está preocupada com os acontecimentos na Síria. A China condena fortemente os atos contra civis, especialmente aqueles contra mulheres e crianças. Esperamos que os agressores enfrentem a Justiça em breve." As informações são da Dow Jones.

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