Uma delegação da ONU chegou nesta quinta-feira à localidade síria de Haffeh, encontrando o lugar quase deserto, com prédios públicos incendiados, lojas abandonadas e um cadáver na rua, conforme relato de um fotógrafo da Reuters que acompanha o comboio.
Após dias de intensos combates entre forças leais ao presidente Bashar al Assad e combatentes rebeldes, os monitores conseguiram entrar em Haffeh, dois dias depois de serem barrados por causa de ataques de moradores indignados.
O enviado internacional Kofi Annan disse na segunda-feira estar preocupado com a possibilidade de moradores estarem retidos em Haffeh, e os EUA disseram temer que um "potencial massacre" estivesse em curso. Forças rebeldes deixaram a cidade na noite de terça-feira.
Havia sinais de intensos bombardeios, com fumaça saindo de carros e edifícios queimados. Apenas duas pessoas foram vistas na cidade, mas se negaram a falar sobre os incidentes.
A sede local do partido governista Baath, a agência de correios e uma sucursal do Ministério da Agricultura haviam sido incendiadas.
A ONU estima que mais de 10 mil pessoas tenham sido mortas desde março de 2011 na repressão governamental a protestos pró-democracia na Síria. A ONU mantém cerca de 300 monitores para tentar fiscalizar uma trégua que foi declarada em abril, mas não chegou a ser respeitada.
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