As bandeiras da Malásia e de Putrajaya não têm força para tremular. Estão a meio mastro na frente do hotel Everly, na capital administrativa do país, pela primeira vez desde o desaparecimento do Boeing 777 em 8 de março.
A reportagem esteve nos dois hotéis em que estão hospedados parentes de algumas das 239 pessoas que estavam a bordo do avião da Malaysia Airlines que ia para Pequim. Ambos ficam em Putrajaya, a cerca de 35 km de Kuala Lumpur, capital e maior cidade da Malásia.
Fora do grande centro urbano do país, os hotéis são cercados de tranquilidade. Estão isolados do assédio, só se chega de carro. No Everly, apenas dois pequenos caminhões para transmissões de TV estão estacionados na porta. Nenhum jornalista. Nenhum familiar. Nem sequer segurança havia.
Segundo o taxista Zuri, que trabalha diariamente no local, as famílias malaias já estão indo embora para suas cidades em carros oficiais. O hotel não fornece informações sobre os hóspedes, mas um funcionário que não quis se identificar disse que nos últimos três dias a movimentação diminuiu bastante.