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Imagem divulgada pela Agência Central Coreana de Notícias da Coreia do Norte (KCNA) mostra o teste de um míssil balístico intercontinental Hwasong-14, em um local não revelado | -AFP
Imagem divulgada pela Agência Central Coreana de Notícias da Coreia do Norte (KCNA) mostra o teste de um míssil balístico intercontinental Hwasong-14, em um local não revelado| Foto: -AFP

A montanha usada pelo governo norte-coreano para realizar seus testes nucleares provavelmente desabou e não é mais possível realizar experimentos no local, segundo uma pesquisa divulgada por geólogos chineses.

O estudo, feito por sismólogos da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, deixam mais claras as razões que levaram o ditador Kim Jong-un a anunciar no último sábado (20) a suspensão dos testes nucleares do país.

O líder norte-coreano se prepara para encontros com o presidente sul-coreano Moon Jae-in -que acontece nesta sexta (27, noite de quinta no Brasil)- e com o americano Donald Trump, programado para junho.  

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O desabamento do monte Mantap teria começado após o último teste norte-coreano, realizado em 3 setembro. Considerado o mais potente de todos, o experimento teria lançado uma força superior a 100 quilotons (a bomba atômica usada em Hiroshima na Segunda Guerra tinha 15 quilotons).  

A explosão, que Pyongyang disse ter sido um teste bem sucedido de uma bomba de hidrogênio, causou um terremoto de 6,3 graus de magnitude e ao menos outros três temores na semana seguinte. Um deles, de 4,1 graus, teria feito as rochas e pedras dentro da montanha se deslocarem.  

O cientistas chineses analisaram os dados destes testes e concluíram que a montanha entrou em colapso. "O desabamento condena a não utilizar as infraestruturas subterrâneas do monte Mantap para testes nucleares", consideram os autores da pesquisa em um resumo publicado na internet.  

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"É necessário continuar vigiando eventuais vazamentos de material radioativo provocados pelo desabamento", diz o texto divulgado. O estudo, assinado por Tian Dongdong, Yao Jiawen e Wen Lianxing, já foi revisado por outros cientistas.  

Tanto o governo chinês quanto o norte-coreano dizem que não captaram vazamento de radiação na região.  

A descoberta confirma um estudo divulgado no mês passado, também feito por cientistas chineses, que já indicavam que a montanha usada nos testes tinha desabado.  

Logo após o teste de setembro, cientistas já tinham aberto a hipótese do local ter sofrido da chamada "síndrome de montanha cansada", um diagnóstico já aplicado aos locais de testes atômicos na extinta União Soviética. Ele descreve uma área cuja estrutura geológica foi enfraquecida por explosões nucleares subterrâneas recorrentes.

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