O premiê italiano, Mario Monti, 69, que pediu demissão do cargo no último sábado (22), anunciou nesta sexta-feira (28) que vai liderar uma coalizão de partidos de centro que apoiam sua agenda reformista nas eleições parlamentares previstas para 24 e 25 de fevereiro do ano que vem. O anúncio esclarece seus movimentos políticos para a próxima votação. Monti disse que o grupo pode conquistar "resultado significativo" na disputa legislativa.

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O tecnocrata, que governou o país por 13 meses, foi apontado como um dos responsáveis por diminuir o efeito da crise financeira italiana, a pior desde a Segunda Guerra.

No último domingo, Monti declarou que poderia concorrer a um segundo mandato se uma força política de "credibilidade" apoiasse sua política de reformas, mas reconheceu que a campanha seria complicada. Monti impôs uma série de políticas baseadas no aumento de impostos e no corte de gastos, que afetaram a classe média italiana.

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Após uma reunião com políticos de centro, Monti disse que a divisão tradicional entre direita e esquerda tem valor simbólico e histórico para a Itália, mas não reflete a real aliança de que o país precisa, que deve se concentrar na Europa e nas reformas econômicas.

A coalizão de Monti concorre diretamente com o ex-premiê Silvio Berlusconi, que já foi primeiro ministro em quatro ocasiões. No dia último dia oito, Barlusconi declarou que encabeçaria a lista de candidatos do PDL e fez duras críticas à política econômica de Monti, acusando-o de submissão aos interesses da Alemanha.Dois dias depois, no entanto, ele anunciou que apoiaria sua eventual candidatura e disse que retiraria sua postulação caso Monti fosse candidato.