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O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou nesta sexta-feira que convocará eleições gerais antecipadas no ano que vem, após a entrada em vigência de uma nova Constituição com a qual pretende ``refundar'' o país.

Em sua primeira referência direta à perspectiva de não completar o mandato de cinco anos iniciado há 14 meses, Morales não disse se será novamente candidato presidencial na votação de 2008.

``É para a assembléia constituinte o nosso pedido que acabe neste ano; se acabar neste ano, no ano que vem tem que ter nova eleição para que haja novo presidente'', afirmou Morales em um discurso na pequena cidade de Warnes, no departamento de Santa Cruz.

O anúncio, transmitido pela televisão estatal, foi realizado na presença do governador de Santa Cruz, Rubén Costas, um dos líderes da oposição de direita.

A Assembléia Constituinte, que realiza sessões há sete meses na cidade de Sucre, tem até agosto para aprovar uma nova Constituição, que entrará em vigência assim que for ratificada por um referendo previsto para o segundo semestre deste ano.

Morales espera que a nova Constituição permita reverter a exclusão sofrida pelas maiorias indígenas da Bolívia.

Não há acordo político nem previsão constitucional para as eleições gerais às quais Morales se referiu.

Entretanto, a perspectiva de uma nova campanha eleitoral parece ser um segredo aberto entre os partidos políticos bolivianos, e os meios de comunicação divulgam nomes de possíveis candidatos rivais a Morales.

``As autoridades eleitas têm curto tempo, esse curto tempo tem que ser muito bem aproveitado no serviço ao povo (...) quero coordenar para servir melhor este curto tempo que passarei no palácio do governo'', disse ele.

Morales venceu as eleições com 54 por cento dos votos das eleições antecipadas de dezembro de 2005, que colocaram um fim ao período de crise social e institucional no país durante o qual os presidentes foram forçados a renunciar por descontentamento popular.

Em sua gestão, iniciada em janeiro de 2006, Morales decretou a nacionalização dos hidrocarbonetos, lançou uma ''revolução agrária'', empreendeu campanhas de alfabetização e saúde e começou a executar uma ``segunda nacionalização mineira''.

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