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COCHABAMBA, Bolívia - O líder indígena Evo Morales, virtual presidente eleito da Bolívia, anunciou nesta segunda-feira que travará uma luta efetiva contra o narcotráfico e exercerá o direito estatal sobre o gás.

- Nem a cocaína nem o narcotráfico são partes das cultura boliviana, menos ainda da cultura dos quechuas e dos aymaras - afirmou o líder do Movimento ao Socialismo (MAS) na sede da Federación del Trópico de Cochabamba, que congrega os produtores de coca do país.

O vencedor das eleições presidenciais de domingo, de acordo com as pesquisas, acrescentou, entretanto, que a política antidroga não pode estar orientada pelo "coca zero, cocaleiro zero" e que isso tem que mudar.

O indígena se disse de acordo com a teoria de que a luta contra o narcotráfico seja "um falso pretexto para que os EUA instalem basem militares (na América do Sul)".

Morales ressaltou que a defesa do controle estatal do setor de gás natural não significa "confisco ou expropiação de bens de multinacionais". A Petrobras é uma das empresas estrangeiras que mais atuam nessa atividade na Bolívia, sendo responsável por 20% do PIB boliviano.

O cocaleiro explicou que o país necessita da tecnologia das empresas para a exploração e a prospecção e que pagará por esses serviços.

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