O presidente boliviano, Evo Morales, anunciou que nacionalizará na sexta-feira as fundições de estanho e antimônio da filial da companhia suíça Glencore International na Bolívia, segundo informou uma rádio local na quinta-feira.
A recuperação do chamado Complexo Metalúrgico Vinto, que foi estatal desde sua criação -no fim da década de 1960- até sua privatização em 1996, será parte da prometida ``segunda nacionalização'', dessa vez no setor de mineração, após a nacionalização dos hidrocarbonetos no ano passado.
``Temos que seguir recuperando nossas empresas e nossos recursos naturais...quero informa-lhes que amanhã ao meio-dia soltaremos um decreto para nacionalizar Vinto, Vinto passará às mãos do Estado boliviano'', disse Morales num discurso no distrito de Oruro, onde estão as fundições.
Na empresa Sinchy Huayra, como se chama a filial da Glencore na Bolívia, não havia nenhum porta-voz disponível para comentar o anúncio presidencial.
Morales classificou como ``fraudulenta'' a forma com que a Vinto passou às mãos da Glencore e disse não ter outra alternativa que não seja retomar a empresa.
``Sou muito responsável, empresas que respeitam as leis bolivianas, empresas que não roubam dinheiro do povo boliviano serão respeitadas'', disse diante de uma platéia de camponeses.