Mal tomou posse para o segundo mandato, o presidente reeleito da Bolívia, Evo Morales, renomeou os comandantes das Forças Armadas e da Polícia e anunciou que vai regularizar o trabalho da imprensa no país. Com a regularização, disse Morales, a imprensa atuará de acordo com a Nova Constituição.
O presidente, que tomou posse sexta-feira (22), reclamou dos relatos de escândalos baseados em falsas notícias e disse os jornalistas têm de se educar para poder atuar.
A iniciativa de Morales ocorre na mesma semana que em que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mandou suspender os sinais de transmissão de seis emissoras de televisão, incluindo uma rede independente a RCTV. Segundo o governo venezuelano, as emissoras transgrediram a legislação. Porém, a suspensão da RCTV foi decidida depois que a emissora não transmitiu a íntegra do discurso de Chávez, sábado (23) noite.
Sem mencionar a polêmica na Venezuela, Morales apenas anunciou que vai estabelecer uma nova ordem para os meios de comunicação e a atuação da imprensa na Bolívia. Ele afirmou que os princípios básicos da Nova Constituição, promulgada no ano passado, têm de ser respeitados. As informações são da imprensa estatal argentina.
Não roubar, não mentir, nem ser frouxo, disse Morales, repetindo a frase em quechua (idioma da maioria dos indígenas bolivianos): Ama sua, ama llula, ama quella. O presidente enfatizou que são estes os princípios que guiam a Nova Constituição da Bolívia. A ideia é que os jornalistas passem a se educar a partir da nova regularização. Não façam escândalos com base em mentiras, acrescentou.
Temos que começar a nos educar, se quisermos que a imprensa seja outro controle social, reiterou Morales. Para ele, a conduta em curso é incorreta. Deveríamos ter uma nova conduta, em vez de mentir, e educar melhor o povo, completou.
Para comandar as Forças Armadas, Morales nomeou o general Ramiro de La Fuente Bloch. Para a Polícia, foi escolhido Óscar Nina Fernández. Eles já estão nos postos.
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