La Paz – Mesmo com a forte oposição do setor agropecuário da Bolívia, o presidente Evo Morales iniciou ontem, em Santa Cruz de la Sierra, o plano de instituir uma "Revolução Agrária" no país. Distribuiu os primeiros 3,1 milhões de hectares de terra para comunidades indígenas e campesinas.

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Segundo anunciou durante a semana, o governo pretende organizar mecanismos de saneamento e nacionalização de terras para alcançar, em 5 anos, a marca de 20 milhões de hectares distribuídos.

Não há precedente na história da Bolívia e é isso que provoca o atual levante do setor agropecuário. Na terça-feira, a Câmara Agropecuária do Oriente (CAO) convocou uma assembléia extraordinária em Santa Cruz de la Sierra na qual participaram 11 mil produtores rurais.

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O documento publicado em todos os jornais da Bolívia fez o governo convocar uma reunião em Cochabamba, na última sexta-feira. Uma tentativa frustrada de retomada das negociações entre as duas partes. O encontro fracassou. "Fomos lá para tentar esclarecer ao governo as conseqüências da decisão que começou a tomar. Isso pode desestruturar o modelo produtivo da parte Oriental do país. Pode provocar prejuízos enormes", disse à Agência Estado, Carlos Rojas, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Oleaginosas e Trigo (Anapo).