O presidente boliviano, Evo Morales, declarou vitória após eleitores aprovarem uma nova Constituição para o país. Líderes da oposição, no entanto, afirmavam que ganharam terreno e prometiam trabalhar contra algumas das reformas.

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Aprovada com cerca de 60 por cento de apoio em um referendo no domingo, a Constituição tem o objetivo de dar mais poder à maioria indígena do país, permitir que Morales dispute a reeleição ainda neste ano e dar a ele maior controle sobre a economia.

Morales assumiu o poder há três anos e é bastante popular entre os pobres e as etnias indígenas Aymará, Quechua, Guarani e outras.

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"Agora as pessoas excluídas e marginalizadas terão os mesmos direitos de todos os outros", disse um triunfante Morales a simpatizantes em frente do palácio presidencial em La Paz, na noite de domingo.

Índio Aymará e ex-líder dos plantadores de folha de coca, Morales é o primeiro presidente indígena da Bolívia e seguiu o exemplo de colegas sul-americanos - como o venezuelano Hugo Chávez e o equatoriano Rafael Correa - na busca por mudanças constitucionais.

Morales poderá disputar a reeleição em dezembro e é franco favorito para vencer.

O apoio de 60 por cento ao "sim", apontado em pesquisas de boca-de-urna, no entanto, é menor que os 67 por cento que Morales conseguiu em uma eleição que poderia revogar seu mandato no ano passado. Críticos de Morales se apegaram a essa diferença de apoio e indicaram que tentarão bloquear algumas das reformas propostas.

"O voto 'não' colocou freio naqueles que querem destruir nosso país", disse o líder oposicionista Ruben Costas.

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