O presidente da Bolívia, Evo Morales, denunciou nesta terça-feira (24) uma infiltração da agência norte-americana de inteligência, a CIA, na petrolífera estatal boliviana YPFB, com o suposto propósito de fracassar a nacionalização do setor de hidrocarbonetos iniciada em 2006.
Morales sugeriu que um recente escândalo de corrupção que provocou a saída do presdiente da YPFB e a prisão de seu companheiro de partido Santos Ramírez têm ligação com a infiltração, no entanto evitou defender o ex-funcionário.
"Está totalmente confirmada uma infiltração (na YPFB) de agentes externos, agentes da CIA", disse Morales em um programa na região cocaleira de Chapare.
Morales disse que "talvez seja assim que o império opera para tentar fracassar políticas que vamos levando adiante".
Ele assegurou estar preparado para enfretar "mais intenções de desestabilização após tentarem armar um golpe no ano passado para me tirar do Palácio do Governo".
O presidente boliviano informou como principal fonte da denúncia de infiltração um ex-capitão da polícia local, Rodrigo Carrasco, que se identificou como um agente da CIA que chegou de maneira inesperada no ano passado à gerência de comercialização da YPFB com um diploma falso de engenheiro.
Carrasco foi exonerado do cargo no início de fevereiro, acusado de prejudicar uma investigação pelas mesmas acusações de corrupção que afetaram Ramírez, um dos fundadores do Movimento al Socialismo, partido do governo.
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