O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou neste sábado que pretende se reunir na próxima semana com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a proposta de reajuste do preço do gás vendido ao Brasil.
No início do ano, o governo boliviano avisou seus dois principais clientes - Brasil e Argentina - que pretendia aumentar o preço do gás natural comercializado. Brasil e Argentina compram cerca de 32 milhões de metros cúbicos de gás natural da Bolívia diariamente. A pressão para reajustar o valor do produto se intensificou depois que La Paz decidiu nacionalizar sua indústria de gás e petróleo em maio.
Nesta semana, Morales assinou um acordo com a Argentina para elevar em quase 50 por cento o valor do gás comercializado. Mas ministros bolivianos disseram esperar negociações mais difíceis com o Brasil. O país adquire muito mais gás do que a Argentina e a Petrobras tem demonstrado maior resistência à proposta de reajuste.
Morales disse que solicitou um encontro com o presidente Lula para debater o assunto durante uma reunião de presidentes dos países integrantes do Mercosul que acontecerá em Caracas, na Venezuela.
- Solicitei uma reunião com o presidente Lula para terça-feira, em Caracas, para melhorar o preço corrente (de venda), bem como o volume de exportações, e também para definirmos como poderemos retomar o controle das refinarias (controladas por uma unidade da Petrobras) em Cochabamba e Santa Cruz - disse Morales em Cochabamba, de acordo com informações da imprensa local.
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