La Paz (AE/AP/Folhapress) As filas nas seções eleitorais de La Paz, mesmo após o encerramento oficial das eleições, indicam a grande esperança que os bolivianos depositam nas eleições realizadas ontem, para presidente, vice, congressistas e prefeitos de departamentos (cargo equivalente ao de governador). A expectativa maior é saber quem governará o país nos próximos cinco anos: o cocaleiro Evo Morales ou o ex-presidente Jorge Quiroga (20012002). Segundo a consulta de boca-de-urna, Morales teria obtido 44,5% dos votos, cerca de dez pontos percentuais acima do que apontavam as pesquisas prévias. Já Quiroga, teria conquistado 34,3%.
Como é pouco provável que qualquer deles vença por maioria absoluta (50% mais um dos votos válidos), a apuração, iniciada ontem, não porá fim às dúvidas. A lei eleitoral da Bolívia não prevê segundo turno. Assim, a tarefa de escolher o presidente entre os dois mais votados antes de 22 de janeiro, data marcada para a posse, deve ficar a cargo do Congresso, onde, indicam analistas, as chances de Quiroga seriam maiores. O país pode passar por uma nova onda de manifestações, especialmente se a prefência dos parlamentares diferir da expressada nas urnas.
Antes das eleições, a expectativa era que 3,6 milhões de bolivianos participassem do pleito. Cerca de 26 mil militares e 24 mil policiais fizeram a segurança das 121.119 mesas eleitorais. Além disso, mais de 200 observadores internacionais supervisionaram as eleições. A Organização dos Estados Americanos (OEA) enviou 166 observadores, segundo o chefe da missão da organização, Horacio Serpa.
Além de Morales e de Quiroga, disputam a presidência do país o empresário do ramo de cimento Samuel Doria Medina, da Unidade Nacional (UN), e mais cinco candidatos.
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