O presidente da Bolívia, Evo Morales, pediu na segunda-feira que o governo dos Estados Unidos expulse o ex-presidente boliviano Gonzalo Sánchez de Lozada e dois de seus colaboradores. Morales quer que os três sejam julgados na Bolívia por delitos de lesa-humanidade.

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Sánchez de Lozada e seus ex-ministros Carlos Sánchez Berzaín e Jorge Berindoague se exilaram nos Estados Unidos desde outubro de 2003, quando foram forçados a abandonar o governo após uma onda de protestos sociais que deixaram pelo menos 67 mortos.

- (Faço) um chamado, um pedido ao colega Bush e a seu governo para fazer justiça, façamos justiça juntos pelo povo - disse Morales, durante um ato em memória do terceiro aniversário de outro massacre, do qual Sánchez de Lozada também é acusado de envolvimento - Se somos governos democráticos, não temos motivo para encobrir nem proteger deliqüentes - acrescentou.

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Ao assumir o governo, o esquerdista anunciou que a principal missão de seu embaixador em Washington era conseguir a extradição de Sánchez de Lozada. O presidente boliviano sustentou que os Estados Unidos devem retirar qualquer asilo e expulsar Sánchez de Lozada e seus colaboradores, que se negaram sistematicamente a assumir a defesa na Bolívia sob a alegação de que não há condições para um julgamento justo no país.

O processo iniciado na Corte Suprema contra o ex-presidente e seus colaboradores avançou apenas até a fase preliminar da investigação.