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O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que vai promover mais nacionalizações este ano, no país. Em discurso feito nesta segunda-feira para marcar um ano do mandato, Morales afirmou que 2006 foi o ano da nacionalização do gás e do petróleo e que 2007 será o ano de nacionalizar as mineradoras.

Na mira do novo projeto de retomada das empresas pelo estado estão os serviços de mineração controlados por investidores americanos, chilenos e italianos.

Segundo Morales, serão nacionalizadas as empresas mistas com parceiros multinacionais nas quais sejam comprovadam práticas de corrupção ou descumprimento de investimentos comprometidos. O presidente boliviano salientou que investigações já realizadas detectaram "muitas ilegalidades" em algumas empresas.

— Se encontrarmos empresas que não cumprem as leis bolivianas, elas voltarão para as mãos do Estado — garantiu.

Em maio de 2006, Morales nacionalizou o setor petroleiro, obrigando as empresas a pagarem taxas de até 82% sobre a produção. A mudança ainda não ocorreu porque as negociações com as multinacionais, objetivando o controle acionário de cinco empresas, ainda prosseguem.

No setor de mineração, Morales confirmou a decisão de nacionalizar empresas que pertenciam ao presidente Gonzalo Sánchez de Lozada (1993-1997 e 2002-2003) e que foram adquiridas pela Glencore, da Suíça.

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