La Paz – O presidente Evo Morales quer que a nova Constituição conceda aos indígenas privilégios que os demais bolivianos não terão, inclusive sua "autodeterminação", e que o Estado seja dono de todas as terras e recursos naturais.

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Além disso, o líder boliviano deseja que a propriedade privada seja restrita, que a Igreja Católica perca seu status oficial e que as "organizações sociais", a maioria ligada ao seu Movimento ao Socialismo (MAS), façam parte de um "órgão constitucional autônomo" que controle os demais poderes.

Estas disposições estão contidas no documento "Propostas do Poder Executivo à Assembléia Constituinte", que os 255 integrantes do fórum analisam, e que foi entregue à agência de notícias EFE pelo presidente de uma das comissões que redigem a Carta Magna.

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No capítulo de autonomias, foi sugerido "o respeito à vontade de que os povos indígenas e originais (da região) recuperem seu direito à autodeterminação".

O novo Estado deverá "devolver o papel de protagonista e includente aos povos indígenas e originais, (e) reconhecer seus direitos".

"Os direitos de autodeterminação e autogoverno são exercidos através da capacidade de autonomia dos povos e comunidades", acrescenta a minuta.

Além disso, os índios deverão ser consultados sobre a prospecção e exploração de recursos em suas terras, e inclusive sobre o direito ao veto.