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La Paz – O presidente da Bolívia, Evo Morales, viajará no próximo dia 14 ao Brasil confiante em que seu homólogo, Luiz Inácio Lula da Silva, aceitará um aumento no preço do gás boliviano para US$ 5 por milhão de BTUs (unidade térmica britânica), similar ao que a Argentina paga.

O ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, disse ontem que durante a recente cúpula do Mercosul, no Brasil, Morales apresentou novamente a Lula a questão do aumento da tarifa e o presidente brasileiro respondeu que "daria boas notícias sobre os preços" durante a visita de fevereiro. "Estamos muito esperançosos como governo, e o presidente Morales da mesma maneira, de que o Brasil concretizará esta reivindicação de US$ 5 por milhão de BTUs", disse Villegas ao canal de televisão estatal.

As negociações ocorrem há quase um ano e houve uma permanente ampliação dos prazos de conversa para evitar a aplicação de uma cláusula do contrato que prevê uma arbitragem internacional se não houver um acordo. O Brasil paga atualmente duas tarifas pelo gás – uma de US$ 4 por milhão de BTUs para o maior volume, enviado a São Paulo, e outra de US$ 1,09 pelo menor, destinado a uma usina termelétrica em Cuiabá (MT). A Bolívia exporta a São Paulo cerca de 27 milhões de metros cúbicos diários e a Cuibá, 1,5 milhão.

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