O ex-diretor do Comitê de Segurança do Estado da União Soviética (KGB), Vladimir Kryuchkov, morreu aos 83 anos, segundo informaram neste domingo (25) fontes dos serviços secretos russos.

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"Vladimir Alexandrovich Kryuchkov morreu na sexta-feira, em sua residência em Moscou", assinalou uma fonte do Serviço Federal de Segurança (FSB, antiga KGB).

Kryuchkov, líder da KGB entre outubro de 1988 e agosto de 1991, será enterrado na terça-feira, informaram as agências russas.

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Além de dirigir o serviço secreto soviético durante quase três anos, Kryuchkov entrou na História por liderar em agosto de 1991 o golpe de estado contra o então líder soviético, Mikhail Gorbachev.

General do Exército, Kryuchkov e outros sete altos funcionários soviéticos afastaram Gorbachev do poder durante três dias (19-21 agosto de 1991).

Kryuchkov foi detido em 22 de agosto, e em 2 de setembro foi acusado de "alta traição" e de "abuso de poder", por ter ordenado a entrada de tropas em Moscou durante o levante.

Em 1º de setembro de 1992, se soube que havia dado a ordem de assassinar Boris Yeltsin, durante sua visita a uma estação hidroelétrica em 1988.

Após vários meses na prisão, em 26 de janeiro de 1993 a Procuradoria-Geral russa decidiu libertar Kryuchkov e os outros envolvidos no caso, devido à sua idade avançada e à piora de seu estado de saúde durante a prisão.

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Em 30 de novembro de 1993, Vladimir Kryuchkov lamentou durante seu interrogatório que a tentativa golpista de agosto de 1991 "não tenha conseguido atingir seus objetivos".

"Os atos de agosto de 91 foram uma tentativa de impedir a desintegração do país", disse, afirmando que Gorbachev estava ciente de tudo que se passava.

Por causa do golpe, a KGB, criada em 1954, foi extinta, em 11 de outubro de 1991.