O maestro britânico Edward Downes e sua mulher Joan morreram na sexta-feira (10) em uma clínica de suicídios assistidos na Suíça. Ele estava com 85 anos e ela, com 74. Segundo os filhos do casal, Downes estava quase cego e cada vez mais surdo e Joan sofria de uma doença terminal. "Depois de 54 anos juntos, eles resolveram encerrar suas vidas em vez de sofrer com graves problemas de saúde. Morreram pacificamente, nas circunstâncias que escolheram, com a ajuda da organização suíça Dignitas, em Zurique", informou o filho Caractus. A polícia britânica foi comunicada da morte e, em pronunciamento oficial, informou que irá investigar o caso - o suicídio assistido é ilegal na Inglaterra.
Downes, condecorado em 1991 como cavaleiro do Império Britânico, nasceu em Birmingham e iniciou-se na música ainda criança, estudando violino. No início dos anos 50, começou a trabalhar na Royal Opera House de Covent Garden, em Londres: sua primeira função foi a de pianista ensaiador da soprano Maria Callas em uma produção de Norma, de Bellini. No ano seguinte, faria ali sua estreia como regente, comandando récitas de "Rigoletto", de Verdi. De lá até 2005, quando se aposentou dos palcos, regeu todos os anos no teatro, somando um total de 950 récitas de 49 óperas. Ao mesmo tempo, trabalhava com a Filarmônica da BBC, da qual foi diretor, e, na Austrália, foi o primeiro diretor da Ópera de Sidney, marco arquitetônico da cidade.
O maestro deixou enorme legado de gravações. Um de seus últimos trabalhos foi um "Rigoletto", de Verdi, gravado no Covent Garden e lançado em 2002 em DVD, com Marcelo Alvarez e Paolo Gavanelli no elenco. Ao longo de quase 50 anos de carreira, gravou com Luciano Pavarotti, Placido Domingo, Mirella Freni, Nicolai Gedda. No campo sinfônico, deixou discos primorosos dedicados a autores como Respighi, Prokofiev e Beethoven, quase sempre à frente da Filarmônica da BBC. No repertório germânico, o destaque é sua "Salomé", de Strauss, gravada em 1992 no Covent Garden com a soprano Maria Ewing no papel principal.
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