A bebê britânica Indi Gregory, de apenas oito meses, teve a morte confirmada nesta segunda-feira (13), após o desligamento dos aparelhos que a mantinham viva.
A família da pequena paciente enfrentava uma batalha judicial para evitar o fim de seu tratamento, no entanto a justiça do Reino Unido autorizou na sexta-feira (10) a suspensão do suporte para a vida da criança, rejeitando todos os recursos utilizados pelos pais Dean Gregory e Claire Staniforth.
O Queen's Medical Centre, localizado na cidade de Nottingham, onde Indi estava sob cuidados, disse que “não havia mais ações a serem tomadas em seu tratamento”. A bebê possuía uma doença rara na mitocôndria, classificada pelo sistema britânico de saúde (NHS, na sigla em inglês) como incurável. Por isso, ela seguia com vida, com o auxílio de tratamento médico no hospital.
Após ter conhecimento da decisão judicial, a família então buscou permissão para encerrar os cuidados da bebê em sua casa, localizada no condado de Derbyshire, alegando que o desligamento dos aparelhos deveria ocorrer entre seus entes queridos e não em um ambiente impessoal, mas novamente recebeu uma negativa da justiça, que determinou a transferência da bebê para uma unidade de cuidados paliativos.
O pai de Indi, Dean Gregory, confirmou que a bebê morreu durante a madrugada desta segunda-feira (13), depois de ser colocada em ventilação mecânica no sábado (11).
Desde outubro, os pais de Indi se envolveram em diversas audiências para reverter a autorização de retirada dos aparelhos que davam suporte para a bebê, mas sem sucesso.
O governo italiano chegou a conceder cidadania para a pequena paciente continuar o tratamento no país, mas um juiz inglês negou o pedido de transferência dela para Roma, afirmando que “não seria do melhor interesse da criança”.
A ONG Christian Legal Centre, que defende causas de defesa à vida, acompanhou a família no processo de tentar convencer o Tribunal Superior, o Tribunal de Recursos e os juízes do Tribunal Europeu de Direitos Humanos a continuarem o tratamento.