O ex-chefe da ETA preso na França, Xabier López Peña, conhecido como Thierry, morreu neste sábado (30) após ter sido hospitalizado com problemas cardiovasculares, informaram fontes da Herrira, uma organização de apoio a prisioneiros. López Peña foi transferido no dia 11 de março da prisão francesa de Fleury-Merogis ao hospital Corbeil-Essonne para receber cuidados, afirmou dias atrás a associação Etxerat, também de defesa dos direitos dos presos da ETA.

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Após surgirem complicações dois dias depois, Thierry foi levado ao serviço de cardiologia do hospital Pitié-Salpêtrière de Paris, no dia seguinte foi operado e posteriormente sofreu um derrame cerebral.

López Peña era considerado o chefe militar da ETA no momento de sua detenção, em maio de 2008 em Bordeaux, na França. Fontes antiterroristas acreditavam que era membro do grupo desde 1980.

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Foi detido pela primeira vez em fevereiro de 1983 perto de Bayonne (França), passou um tempo refugiado em Cuba, e em seu retorno incorporou-se à direção da organização.

Era apontado como instigador do atentado no aeroporto de Madri-Barajas que, em dezembro de 2006, rompeu a trégua da organização terrorista e no qual morreram dois equatorianos.

Julgado à revelia, o Tribunal Correcional de Paris lhe condenou em junho de 2007 a dois anos de prisão e à proibição definitiva de estadia na França.

Após o cessar-fogo permanente anunciado pela ETA no dia 22 de março de 2006, Thierry participou das conversas mantidas pela ETA e por representantes do governo espanhol.

Em maio de 2008, após sua detenção em Bordeaux, Thierry foi acusado por juízes antiterroristas de Paris por extorsões por parte de um grupo organizado e posse ilegal de armas, entre outros crimes.

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A Audiência Nacional espanhola lhe processou em março de 2011 na causa que investigava os vínculos entre a ETA e as Farc e em abril de 2012 por integração terrorista em grau de dirigente.