O biólogo britânico Keith Campbell, um dos "pais" da ovelha Dolly, faleceu na sexta-feira (5) passada aos 58 anos de idade, segundo informou nesta quinta-feira (11) um porta-voz da universidade de Nottingham (leste da Inglaterra).
Campbell, especialista em microbiologia, foi um dos quatro membros da equipe científica do Instituto Roslin de Edimburgo (Escócia) que em fevereiro de 1997 anunciou o nascimento da ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado a partir de células adultas de um exemplar de seis anos.
Embora a clonagem de Dolly fosse liderada pelo embriologista inglês Ian Wilmut, mais de 60% da pesquisa da pesquisa são atribuídos a Campbell.
Em 2008, Wilmut foi condecorado pela rainha Elizabeth II como cavaleiro do império britânico por suas contribuições à ciência, embora um ano depois tenha admitido que a maior parte da pesquisa foi mérito de Campbell.
Desde o nascimento de Dolly, a clonagem animal avançou rapidamente e até o momento foi clonada uma grande variedade de mamíferos como ovelhas, porcos, cabras, cavalos, cachorros e gatos.
Dois anos antes de o mundo conhecer Dolly, Campbell liderou a pesquisa que levou ao nascimento de Megan e Morgan, dois bezerros galeses e os dois primeiros mamíferos a serem clonados a partir de células-tronco embrionárias.
No anos 1980, o biólogo escocês ingressou no Marie Curie Institute, instituição que lhe concedeu uma bolsa de estudos para pesquisar sobre os mecanismos de crescimento e diferenciação celular relacionados ao câncer, pelos quais se mostrou cada vez mais interessado.
Desde 1999, Campbell, que chegou a somar mais de 30 anos de experiência em pesquisa, lecionava Desenvolvimento Animal na universidade britânica de Nottingham, na qual continuou suas pesquisas sobre o processo de clonagem e reprogramação celular.
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