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Morre manifestante ferido a bala nos protestos em Caracas

Manifestante contra o governo de Maduro leva o cartaz onde se lê: “Não queremos comunismo” | Juan Barreto/AFP
Manifestante contra o governo de Maduro leva o cartaz onde se lê: “Não queremos comunismo” (Foto: Juan Barreto/AFP)

Um rapaz de 17 anos morreu nesta quarta-feira (19) com um disparo na cabeça durante os protestos contra o governo da Venezuela, informou o estabelecimento médico em que foi atendido. “Estava em um ponto da concentração da oposição e recebeu um tiro por parte de um dos agentes motorizados que antes jogavam bombas de gás lacrimogênio contra concentração”, declarou o presidente do Hospital Clínicas Caracas, Amadeo Leiva. O jovem, identificado como Carlos José Moreno, não resistiu a uma cirurgia para a retirada do projétil. Ainda não está claro de onde teria partido o disparo.

Opositores e governistas se mobilizaram nas ruas da capital do país, no que deve ser uma das maiores manifestações em meio à crescente tensão política e a pedidos internacionais para que o governo de Nicolás Maduro respeite as instituições democráticas. Centenas de guardas lançaram gás lacrimogêneo para dispersar milhares de opositores que marchavam por uma das principais avenidas do oeste de Caracas.

Centenas de guardas bloqueavam com equipes antimotim e pequenos tanques uma das vias pelas quais os oposicionistas tentavam chegar ao centro de Caracas.

Forças de segurança do governo venezuelano formam barreira para deter os manifestantes da oposição. | Federico Parra/AFP

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Forças de segurança do governo venezuelano formam barreira para deter os manifestantes da oposição.

Várias ruas foram bloqueadas pelas forças de segurança do governo. | Federico Parra/AFP

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Várias ruas foram bloqueadas pelas forças de segurança do governo.

Manifestantes põem fogo em boneco representanto o ditador Maduro. | RONALDO SCHEMIDT/AFP

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Manifestantes põem fogo em boneco representanto o ditador Maduro.

Manifestante mostra notas sem valor da moeda venezuelana enquanto carrega cartaz pedindo o fim da escassez e da inflação. | JUAN BARRETO/AFP

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Manifestante mostra notas sem valor da moeda venezuelana enquanto carrega cartaz pedindo o fim da escassez e da inflação.

Manifestantes da oposição agitam bandeiras pelas ruas de Caracas. | JUAN BARRETO/AFP

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Manifestantes da oposição agitam bandeiras pelas ruas de Caracas.

O deputado de oposição Miguel Pizzarro toma parte da manifestação contra o governo. | JUAN BARRETO/AFP

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O deputado de oposição Miguel Pizzarro toma parte da manifestação contra o governo.

Os deputados de oposição Miguel Pizzarro e Julio Borges se cumprimentam durante o protesto. | JUAN BARRETO/AFP

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Os deputados de oposição Miguel Pizzarro e Julio Borges se cumprimentam durante o protesto.

 | RONALDO SCHEMIDT/AFP

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Milhares foram às ruas contra Maduro. | CARLOS BECERRA/AFP

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Milhares foram às ruas contra Maduro.

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Manifestante: “Não quero viver com medo”. | JUAN BARRETO/AFP

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Manifestante: “Não quero viver com medo”.

Manifestante ferido é carregado em uma moto. Reação das forças de segurança costuma ser violenta. | JUAN BARRETO/AFP

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Manifestante ferido é carregado em uma moto. Reação das forças de segurança costuma ser violenta.

O líder da oposição, Henrique Capriles (de boné), foge dos efeitos do gás lacrimogêneo lançado pelas forças de segurança do governo. | RONALDO SCHEMIDT/AFP

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O líder da oposição, Henrique Capriles (de boné), foge dos efeitos do gás lacrimogêneo lançado pelas forças de segurança do governo.

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“Democracia falida”

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, afirmou que o país deve servir como advertência para toda a América Latina. “A Venezuela, que deveria ser um dos países mais prósperos do hemisfério, nos mostra os custos de uma democracia falida. Nos mostra o custo da exclusão, da polarização de um governo fictício”, afirmou Almagro durante o Fórum Estratégico Mundial, que se realiza em Coral Gables, perto de Miami.

Já o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, disse que os governos estrangeiros não deveriam se envolver em assuntos internos da Venezuela. “Os atores internacionais deveriam ter em conta, e muito prioritariamente, que a Venezuela é um Estado soberano, que tem um governo democraticamente eleito e legítimo”, afirmou Rodríguez em Lisboa, durante visita oficial.

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