Michael Deaver, um estrategista de mídia que formulou as imagens icônicas do presidentes Ronald Reagan e acabou condenado por perjúrio por causa de seus serviços de lobby, morreu no sábado aos 69 anos.
Deaver havia sido diagnosticado com câncer no pâncreas. Ele morreu em sua casa em Bethesda, Estado de Maryland, cercado por membros da família, segundo comunicado divulgado pela Edelmam, a empresa de relações públicas na qual atuava como vice-presidente.
Como subchefe de Gabinete durante o primeiro mandato de Reagan na Casa Branca, Deaver criou oportunidades para fotografias dramáticas para o presidente, incluindo a imagem à frente de um penhasco em sua visita em 1984 às praias da França, onde se deu a invasão do Dia D da Segunda Guerra Mundial.
Para as audiências de televisão dos Estados Unidos, Reagan, olhando o Canal da Mancha e fazendo um discurso para os veteranos do Dia D, roubou o espetáculo dos líderes aliados reunidos para celebrar o 40o aniversário da invasão da Europa na Normandia.
Deaver saiu da Casa Branca em 1985. Mais tarde, foi condenado a dois anos de prisão por três acusações de mentir a um grande júri e a investigadores do Congresso que examinavam suas atividades de lobista. Ele também recebeu uma multa de 100 mil dólares. Em sua defesa, ele alegou falta de memória devido ao alcoolismo.
Deaver se aproximou de Reagan depois que o ex-astro de Hollywood foi eleito governador da Califórnia, em 1966. Ele se tornou um confidente de Reagan e de sua mulher, Nancy. Mais tarde, participou das campanhas presidenciais de 1968, 1976, 1980 e 1984, dedicando-se especialmente à imagem de Reagan na televisão.