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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, em reunião com comandantes do sistema de defesa territorial, em Caracas, 3 de junho
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, em reunião com comandantes do sistema de defesa territorial, em Caracas, 3 de junho| Foto: Palácio de Miraflores / AFP

Um capitão da Marinha da Venezuela preso na semana passada, acusado de participar de um plano para assassinar o ditador Nicolás Maduro e derrubar o regime, morreu na madrugada de sábado (29) em um hospital do Ministério da Defesa em Caracas. A causa da morte não foi divulgada oficialmente.

O capitão Rafael Costa Arévalo, 49 anos, foi preso na quarta-feira (26) com outros três militares e dois oficiais da polícia, somando-se a dezenas de outras pessoas que foram presas desde o fracassado levante civil-militar contra Maduro de 30 de abril.

O regime chavista reconheceu a morte e ordenou uma investigação, segundo um comunicado do Ministério da Informação. O Grupo de Lima e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, disseram que a morte foi um assassinato. O Grupo de Lima, formado por países das Américas para auxiliar o restabelecimento da democracia no país vizinho, disse ainda que Acosta Arévalo tinha sinais de tortura.

Em uma audiência na manhã de sexta-feira, Acosta Arévalo estava usando uma cadeira de rodas, com o rosto machucado e suas unhas tinham marcas de sangue, disse o seu advogado, Alonso Medina. O juiz suspendeu a audiência e mandou o capitão para o hospital da base militar Fuerte Tiuna, em Caracas.

O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, reconhecido por mais de 50 países como o líder do país, disse que o capitão "foi morto após ser brutalmente torturado".

O Departamento de Estado dos EUA afirmou em comunicado que "condena o assassinato e tortura" do capitão, "que morreu sob custódia de criminosos de Maduro e de seus conselheiros cubanos".

O advogado Medina disse que dois funcionários da Direção Geral de Contrainteligência Militar (Dgcim) por envolvimento no homicídio de Acosta Arévalo e que eles serão apresentados aos tribunais, segundo a imprensa venezuelana.

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