Londres (EFE) Durante mais de 50 anos, o criminoso de guerra Anthony Sawoniuk, que morreu domingo em uma prisão do Reino Unido, conseguiu fugir da Justiça do país onde se refugiou após a 2.ª Guerra Mundial para ocultar seu passado nazista. O bielo-russo, que morreu aos 84 anos na prisão de Norwich (leste da Inglaterra), chegou ao Reino Unido em 1946 e, até ser condenado em 1999, levou uma vida anônima como inspetor de trens.
Há seis anos, o tribunal penal londrino de Old Bailey o condenou à prisão perpétua após declará-lo culpado do assassinato de 18 judeus em 1942, em sua cidade natal, Domachevo, na Bielo-Rússia. Foi o primeiro julgamento por crimes de guerra nazistas ocorrido no Reino Unido.
Embora ele tenha sempre negado as acusações, testemunhas disseram tê-lo visto matando suas vítimas a sangue-frio na época em que integrava a polícia local, que obedecia às ordens dos nazistas.
Em uma ocasião, ele teria obrigado 15 mulheres a se despirem e a se postarem diante de uma cova aberta, metralhando-as em seguida. "Não só faziar tudo o que os nazistas lhe pediam, mas executava a política genocida com entusiasmo", afirmou o advogado da acusação, John Nutting, durante o processo.