8 indicações ao Oscar teve Peter OToole durante toda sua carreira. Em 2003, ele recebeu um prêmio honorário da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA pela contribuição à sétima arte. Na época, cogitou recusar a homenagem, por acreditar que ainda poderia ganhar concorrendo com outros atores.
O ator de origem irlandesa Peter OToole morreu no último sábado aos 81 anos em um hospital de Londres. O artista entrou para a história do cinema ao interpretar o coronel T.E. Lawrence em Lawrence de Arábia (1962), de David Lean. "Era único no melhor sentido e um gigante em sua área", disse seu agente Steve Kenis ontem.
O ator morreu em decorrência de uma grave doença, não especificada pela família. Em julho do ano passado, ele havia anunciado sua aposentadoria das telas.
Dono de um magnético olhar azul, OToole era filho de um pai irlandês e de mãe escocesa. Ele começou a carreira, em Bristol e Londres, aos 17 anos e atuou em filmes como A Noite dos Generais (1966) e O Homem de La Mancha (1972).
O artista foi indicado ao Oscar oito vezes. Em 2003, chegou a cogitar recusar o prêmio honorário da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA a toda sua carreira, pois ainda sentia que poderia conquistá-lo concorrendo.
Fora do universo interpretativo, OToole maltratou sua saúde com uma confessa dependência do álcool que em 1976 quase o deixou à beira da morte, quando teve que retirar parte do estômago e do intestino. Por causa dos abusos, seu pâncreas ficou gravemente danificado e passou a depender de insulina.
Em 2006, recebeu uma indicação como melhor ator dramático no Globo de Ouro e ficou muito perto de obter um Oscar em 2007 por seu papel em Vênus, longa no qual fraturou o quadril. Ele deixa três filhos, frutos de dois casamentos, e milhares de fãs.