O romancista americano Paul Auster, em evento em Madri em 2017| Foto: EFE/J.P.Gandul
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O aclamado romancista americano Paul Auster, autor de uma prolífica obra que inclui a “Trilogia de Nova York”, “Desvarios no Brooklyn” e “Invenção da Solidão”, morreu na noite desta terça-feira (30) aos 77 anos, segundo informou o jornal The New York Times.

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Auster morreu em sua casa no Brooklyn, Nova York, em decorrência de um câncer de pulmão. Ele deixa sua esposa, uma filha e um neto.

Nascido em uma família judia de ascendência austríaca em 1947, em Newark, Nova Jersey, Auster mais tarde faria do Brooklyn sua casa e cenário para seus romances, especialmente nas décadas de 1980 e 1990.

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Em todas as suas obras, construiu labirintos literários, como bonecas russas ou matryoshkas, nos quais misturou ficção, realidade e autobiografia, e com os quais conquistou milhões de leitores em todo o mundo.

Além de romances, sua prolífica obra traduzida para mais de 40 idiomas inclui poesias, contos, ensaios e roteiros de teatro e cinema (alguns dirigidos por ele).

Auster estudou na Universidade de Columbia e participou das manifestações de 1968 contra a Guerra do Vietnã.

Depois de terminar a universidade, se estabeleceu em Paris. Sua estreia na literatura aconteceu em 1982, com “Invenção da Solidão”, que gira em torno da morte repentina de seu pai, mas a verdadeira fama viria com “Trilogia de Nova York”, série de romances formada por “Cidade de Vidro”, “Fantasmas” e “O Quarto Fechado à Chave”.

Em meio à preocupação de seus milhões de seguidores com seu estado de saúde nos últimos anos, Auster publicou em 2023 “Baumgartner”, sobre um excêntrico e terno professor de filosofia imerso na dor pela perda de seu grande amor.

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A vida do escritor foi tocada pela tragédia em 2022, quando seu filho Daniel Auster, de 44 anos, morreu de overdose.

O filho do escritor havia sido acusado pela morte de sua filha Ruby, de dez meses. Segundo o próprio Daniel, ele havia consumido heroína ao adormecer e quando acordou a menina estava morta por intoxicação por fentanil e heroína.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]