O ex-primeiro-ministro do Japão Ryutaro Hashimoto, um político franco que confrontou as autoridades dos Estados Unidos em questões comerciais e implementou importantes reformas financeiras no país, morreu neste sábado, aos 68 anos de idade.

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Hashimoto, que se aposentou da política em setembro passado alegando problemas de saúde, foi submetido a uma cirurgia para remover uma grande porção do intestino, após ser levado às pressas ao hospital no dia 4 de junho, informou seu filho em uma coletiva de imprensa. Ele morreu em um hospital de Tóquio.

Aclamado como um líder poderoso que realizaria reformas quando assumiu o cargo em 1996, Hashimoto, no final das contas, vacilou ao enfrentar uma crise financeira, escândalos políticos e estagnação econômica.

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Quando Hashimoto concorreu novamente pelo cargo de primeiro-ministro, em abril de 2001, perdendo para o reformista Junichiro Koizumi, ele tornou-se um símbolo da resistência de seu partido em relação a mudanças.

Hashimoto, um homem ativo e temperamental que praticava a arte marcial kendo, já teve a reputação de um reformador popular.

O primeiro-ministro Koizumi foi diretamente à casa de Hashimoto após retornar de uma viagem aos Estados Unidos e ao Canadá.

"Sou incapaz de conter minha tristeza ao saber da morte desse líder excepcional", disse Koizumi em um comunicado.

"Hashimoto carregou nos ombros a importante missão de primeiro-ministro em uma época em que a economia de nosso país estava em uma grave situação", afirmou ele. "Ele dedicou seus esforços para estabilizar o sistema financeiro, reorganizar os ministérios e as agências do governo central".

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A China expressou suas condolências pela morte de Hashimoto.

"Expressamos profundas condolências pelo falecimento do senhor Hashimoto", afirmou uma autoridade do ministério das Relações Exteriores, segundo a agência oficial de notícias Xinhua.

"O senhor Hashimoto firmou um compromisso com a causa da amizade entre China e Japão. Durante seu mandato como primeiro-ministro, ele fez contribuições positivas para melhorar e desenvolver os laços bilaterais."