O japonês Masazo Nonaka morreu aos 113 anos, neste domingo (20), enquanto dormia em sua casa, na cidade de Ashoro, na ilha de Hokkaido, no extremo norte do Japão. Em abril de 2018, Nonaka foi reconhecido pelo Guinness como o homem mais velho do mundo após a morte do espanhol Francisco Núñez Olivera.
A família de Nonaka afirmou que ele morreu de causas naturais nas primeiras horas de domingo, enquanto dormia na pousada em Ashoro, que é administrada por sua família há quatro gerações. Quando entrou para o Guinness, Nonaka atribuiu a sua longevidade a banhos em águas termais e ao consumo de doces, mas sua filha disse que ele levava uma vida sem estresse.
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Nascido em 25 de julho de 1905, Nonaka cresceu em uma família grande - tinha seis irmãos e uma irmã - e sucedeu seus pais na administração da pousada, que hoje é operada por sua neta. “Estamos tristes pela perda desta grande figura. Até ontem, ele estava como sempre, e morreu sem causar nenhum problema à família”, disse sua neta Yuko ao jornal “Kyodo News”.
Masazo Nonaka se casou em 1931 com Hatsuno, com quem teve cinco filhos. Ela morreu em 1992. A família disse à mídia japonesa que ele gostava de assistir à luta de sumô na TV e comer doces, e se deslocava em cadeira de rodas.
De acordo com o Guinness, ele nasceu dois anos depois de os irmãos Wright fazerem o primeiro voo a motor e poucos meses antes de Albert Einstein publicar sua Teoria da Relatividade. Ainda segundo o livro dos recordes, a pessoa que mais viveu por mais anos foi a francesa Jeanne Louise Calment, que morreu em 1997 aos 122 anos.
Mulheres representam 88,1% dos centenários no Japão
Em setembro de 2018, o Ministério do Bem-Estar japonês afirmou que o Japão atingiu a cifra recorde de 69.785 centenários, com mulheres representando 88,1% do total. Houve um aumento de 2.014 pessoas com mais de 100 anos em relação ao ano anterior e de sete vezes o número de duas décadas atrás.
A cifra vem crescendo há 48 anos consecutivos. Quando a contabilidade começou, em 1963, o Japão tinha apenas 153 centenários; em 1998, eram cerca de 10 mil. Segundo dados do IBGE, o Brasil tinha 32.134 centenários em 2013.