Cidade do Cabo O último presidente radical da África do Sul, Pieter W. Botha, morreu na terça-feira, passando para a história como um símbolo do apartheid, regime segregacionista contra o qual lutou Nelson Mandela, o primeiro presidente negro da África do Sul.
Apesar de ter aberto o caminho para que a África do Sul vivesse uma democracia multirracial, Botha, o "Grande Crocodilo" liderou o regime da minoria branca por mais de uma década, de 1978 a 1989. Foi o período de maior isolamento internacional e da mais dura repressão à maioria negra sul-africana.
Mandela fez questão de dizer que, mesmo simbolizando o apartheid, Botha também será lembrado "pela abertura para um acordo negociado e pacífico para o país".
Em 1998, Botha foi considerado culpado por crimes contra os direitos humanos cometidos durante seu governo, mas conseguiu escapar da condenação graças à saúde frágil. Barbara, esposa de Botha, informou que ele será sepultado nos próximos dias, em uma cerimônia familiar, sem honras de Estado.