O último rinoceronte-branco do norte macho morreu nesta segunda-feira (19), deixando apenas duas fêmeas da subespécie. O Sudan, chamado de “gigante gentil”, morava no parque Ol Pejeta, no Quênia, e foi sacrificado depois que a dor de uma doença degenerativa o debilitou.
“Sudan estava visivelmente sofrendo, com alterações degenerativas nos músculos e ossos, além de feridas na pele”, informou Elodie Sampere, representante do Ol Pejeta.
Para tentar preservar a subespécie, os funcionários do parque coletaram material genético de Sudan e querem implantá-lo nas duas fêmeas sobreviventes, Najin, filha de Sudan, e Fatu, sua neta.
A subespécie do rinoceronte-branco do norte está em extinção pela caça incontrolada nos séculos 18 e 19 e, recentemente, de forma clandestina para a retirada dos chifres. Sudan tinha 45 anos e, depois de ter sido levado a um zoológico na República Tcheca na década de 1970, retornou à África anos depois.
A espécie dos rinocerontes-brancos, além da subespécie “do norte” (agora com apenas dois indivíduos) engloba ainda a “do sul”, cuja população estimada é de 20 mil indivíduos, quase todos localizados na África do Sul.