Foto sem data do ex-combatente Claude Choules, que vivia na Austrália| Foto: Departamento de Defesa da Austrália

Um combatente

Claude Choules morreu na Austrália, aos 110 anos.

1901 – Nasce em Worcestershire, Inglaterra.

1915 – Serve na Marinha britânica.

1918 – Testemunha a rendição da Marinha imperial alemã.

1918-19 – Presencia o afundamento do navio alemão Sacapa Flow, na costa escocesa.

1939 – Destrói a primeira mina alemã em solo australiano durante a Segunda Guerra Mundial, como oficial de torpedos em Fremantle.

1956 – Se aposenta após 40 anos de serviço militar e começa a trabalhar na indústria de produtos do mar, no sul de Perth.

2009 – Com 108 anos, publica suas memórias, O Último dos Últimos.

2011 – É reconhecido como o último combatente da Grande Guerra, após a morte do norte-americano Frank Buckles.

Fonte: Museu Imperial da Guerra (Alemanha)

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O britânico Claude Choules, o último veterano combatente da 1.ª Guerra Mundial, morreu on­­tem aos 110 anos, na Austrália, desaparecendo, assim, o último elo vivo com o conflito, que mobilizou 70 milhões de pessoas. Cego e quase totalmente surdo, Chou­­les, apelidado de "Chuckles", mor­­reu enquanto dormia em seu apart-hotel em Perth. Era o ho­­mem mais velho da Austrália.

"Sua passagem marca o fim de um importante capítulo da história mundial", disse a primeira- ministra australiana, Julia Gil­­lard. "Precisamos agora, mais do que nunca, assegurar que a contribuição daqueles que lutaram na Pri­­meira Guerra Mundial jamais será esquecida", acrescentou.

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Com a morte do norte-americano Frank Buckles, no começo deste ano, Choules foi declarado o último sobrevivente de combates de uma guerra que, enquanto durou, deixou 37 milhões de mortos ou feridos. Outra sobrevivente é a britânica Florence Green, que serviu à RAF, Força Aérea Real, como não combatente. Trabalhou como garçonete e hoje tem 110 anos.

Nascido em Worcestershire, Inglaterra, depois da guerra Chou­­les mudou-se para a Aus­­trália, passando a servir a Marinha Real Australiana em 1926. Atuou co­­mo oficial de torpedos em Fre­­mantle, oeste da Austrália, na Se­­gunda Guerra Mundial.

Choules permaneceu na marinha mesmo depois da guerra, mas, nos últimos anos, trabalhava na indústria de pesca de lagosta em Safety Bay, ao sul de Perth.

Casado por 80 anos com Ethel, uma escocesa que viveu até os 98 anos, ele teve duas filhas e um filho, 13 netos, 26 bisnetos e dois trinetos.

Quando começou a ganhar atenção como um dos últimos veteranos da 1.ª Grande Guerra, Choules escreveu uma autobiografia chamada The Last of the Last (O último dos últimos, em português), lançada em 2009.

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Apesar de seus anos de marinha, Choules declarou sua antipatia pelas guerras e pelas pessoas que enviam jovens ao combate. Ele dizia que a 1.ª Guerra Mundial representou uma vida dura de privações e tédio marcada por mo­­mentos de extremo perigo.