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O presidente da França, Nicolas Sarkozy, embarcará na noite desta terça-feira para o Afeganistão em resposta à morte de 10 soldados franceses num confronto com o Talibã. Outros 21 franceses ficaram feridos no ataque, que provocou a maior perda das forças francesas desde o início da ofensiva no país, em 2001. Em nota oficial, o presidente disse que a França foi duramente golpeada, mas disse que sua determinação de combater o terrorismo está intacta. Foi a maior perda das forças francesas desde o início da ofensiva americana no Afeganistão, em 2001. De acordo com o Ministério da Defesa afegão, 27 talibãs morreram no confronto.

Segundo o presidente francês, os soldados foram mortos em uma emboscada durante uma missão de reconhecimento nos arredores de Cabul. O ataque teria acontecido numa estrada a cerca de 60 quilômetros da capital afegã, na região de Surobi. Segundo a BBC Brasil, a região era palco de confrontos desde segunda-feira, quando homens armados tentaram invadir uma base da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), sob controle dos Estados Unidos.

Mais de dois mil militares franceses estão no Afeganistão como parte das forças internacionais da Otan. Até agora, a França havia perdido 14 soldados no país. Sarkozy agradeceu aos soldados franceses, que cumpriram seu dever "até o sacrifício supremo" e transmitiu suas condolências aos parentes das vítimas.

"Compartilho igualmente a pena de seus colegas e de todos os militares franceses. Esta mesma noite viajarei para o Afeganistão para assegurar-lhes que a França está a seu lado", disse o comunicado do presidente francês. "Minha determinação está intacta. A frança está determinada a continuar lutando contra o terrorismo, pela democracia e a liberdade. A causa é justa".

O Talibã vem reconquistando força no Afeganistão desde o ano passado, tornando perigosos os deslocamentos ao redor da capital. O número de atentados este ano é menor que em 2007, mas os ataques se tornaram mais ousados e agressivos desde que os rebeldes retomaram suas ações, em 2005. As ofensivas também deixaram de se concentrar no Sul e no Norte, regiões onde o confronto foi mais intenso no início da ocupação, em 2001.

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