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Afeganistão

Morte de 500 põe presidente contra os EUA

Cabul – O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, criticou ontem a violenta campanha antiterror da coalizão liderada pelos EUA ao afirmar que a morte de mais de 500 afegãos é "inaceitável" e que seu governo precisa de mais ajuda. As duras declarações de Karzai coincidem com a divulgação de mais uma gravação do número dois da rede terrorista Al Qaeda, Ayman al Zawahri, exortando os afegãos a combater as forças estrangeiras lideradas pelos EUA.

O Afeganistão atravessa sua pior onda de violência desde que os EUA e seus aliados derrubaram a ditadura do Taleban, há quatro anos. Para tentar conter os confrontos, mais de 10 mil soldados da coalizão lançaram sua maior ofensiva contra militantes no sul do país. Cerca de 600 pessoas, na maioria supostos guerrilheiros, morreram desde maio.

Mas Karzai, que antes já havia se posicionado contra operações de larga escala, rechaçou a continuação da violência. "É inaceitável para nós que, em todos esses combates, os afegãos estejam morrendo. Nas últimas três a quatro semanas, de 500 a 600 afegãos foram mortos. Mesmo se forem do Taleban, são filhos desta terra", disse.

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