O governo chinês rechaçou nesta terça as críticas do Reino Unido pela execução do cidadão britânico Akmal Shaikh. A porta-voz da chancelaria chinesa, Jiang Yu, rebateu o governo de Gordon Brown. "Nós instamos o governo britânico que mostre respeito pelas instituições judiciais da China e retifique o erro imediatamente para evitar um dano nas relações bilaterais", disse. O governo chinês afirmou que não existem provas de que Shaikh fosse um doente mental.

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Shaikh foi detido em setembro de 2007 em Urumqi, na província de Xinjiang (oeste da China), com quatro quilos de heroína. Shaikh havia sido sentenciado à morte em dezembro de 2008 e perdeu sua apelação final na Suprema Corte chinesa no começo deste ano.

Ele se tornou o primeiro cidadão de um país da União Europeia a ser executado na China em 50 anos, segundo dados da entidade Reprieve, sediada em Londres, que deu a Shaikh aconselhamento legal. O último europeu executado na China foi o piloto italiano Antonio Riva, fuzilado em 1951 após ter sido condenado por ter participado de uma suposta conspiração para assassinar o líder chinês Mao Tsé-tung.

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Hoje, o primeiro-ministro inglês Gordon Brown condenou o ato chinês. A execução de Shaikh, um britânico de 53 anos de origem paquistanesa, ameaça gerar uma crise diplomática entre Grã-Bretanha e China. O escritório do exterior da Grã-Bretanha convocou a embaixadora chinesa em Londres, Fu Ying, à chancelaria em Londres para expressar sua indignação com a execução. Shaikh foi morto por injeção letal.

O governo britânico e a família de Shaikh fizeram apelos de última hora ontem para que a China aceitasse a clemência. Shaikh era pai de três filhos, vivia em Londres e sofria de transtorno bipolar.

A filha de Shaikh, Leilla Horsnell, se disse "chocada e desapontada que a execução tenha sido levada em frente, sem nenhuma consideração pelos problemas mentais do meu pai. Eu luto para entender como isso pode ser justiça.