A morte de um adolescente negro de 18 anos, desarmado e que foi baleado pela polícia, provocou um protesto que terminou com saques e atos de vandalismo em Saint Louis, no centro-oeste dos Estados Unidos, na noite de domingo (10).
O ato era uma vigília em memória a Michael Brown, morto na tarde de sábado (9) durante uma abordagem policial no bairro de Ferguson, de maioria negra, que fica na periferia de Saint Louis.
Lojas e carros foram saqueados e destruídos e um prédio foi incendiado quando o grupo tentava seguir para Saint Louis e foi impedido pela polícia, que havia feito um cordão de isolamento e disparou bombas de gás lacrimogêneo.
Segundo o chefe da polícia local, Jon Belmar, o jovem morto estava com um outro homem quando foi abordado pelos agentes em uma rua do bairro. Belmar afirma que um dos dois teria empurrado o policial, dando início a uma briga.
Em seguida, pelo menos um tiro foi disparado da arma de um dos policiais que estava dentro da viatura, causando a morte de Brown. As autoridades locais investigam o que aconteceu dentro do veículo.
Uma testemunha, porém, afirma que o confronto começou após o policial ter confrontado a dupla. Para Dorian Johnson, amigo da vítima, o policial atirou em Brown ainda fora do carro.
"Ele começou a se abaixar e o policial ainda se aproximou com a arma na mão e disparou vários outros tiros".
O chefe da polícia afirma que o policial envolvido no crime foi afastado do patrulhamento e cumpre medida administrativa. O prefeito de Ferguson, James Knowles, pediu que a população se acalme.
A mãe de Brown, Lesley McSpadden, declarou à rede de televisão KMOV que seu filho havia acabado de se formar no ensino médio e planejava ingressar em uma universidade.
"Você sabe como foi difícil fazê-lo permanecer na escola e se formar? Você sabe quantos homens negros se formam? Não são muitos", declarou. "Porque são rebaixados a este tipo de nível, onde eles sentem que não têm motivo para viver."
O caso leva a comparações com a morte de Trayvon Martin. O adolescente de 17 anos foi morto em 2012 por um segurança comunitário no Estado da Flórida, que alegou legítima defesa e foi absolvido pela Justiça.
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