A Casa Branca disse neste domingo que a morte do líbio Abdel Bassett al-Megrahi, condenado pelo atentado de Lockerbie, não encerra a busca de justiça pelas famílias das 270 pessoas mortas na explosão de um avião da companhia aérea Pan Am enquanto sobrevoava a Escócia, em 1988.
Megrahi, de 60 anos, foi condenado em 1961, mas se declarava inocente e morreu de câncer em sua casa em Trípoli, disse um irmão dele à Reuters.
"A morte de Megrahi conclui um capítulo infeliz depois de sua libertação da prisão em 2009 por razões médicas -uma iniciativa à qual nos opusemos fortemente", disse o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança dos EUA, Tommy Vietor.
Sua libertação por razões humanitárias pelas autoridades escocesas enfureceu as famílias dos mortos, dos quais 189 eram norte-americanos, e provocou duras críticas do governo dos EUA depois que Megrahi foi recebido como herói na Líbia.
"Queremos ver justiça para as vítimas do atentado de Lockerbie e suas famílias. Vamos continuar trabalhando com nossos novos parceiros na Líbia para obter um balanço completo dos atos horríveis de (Muamar) Kadafi", disse Vietor.
Megrahi foi condenado em 2001 pela explosão do avião, que voava de Londres para Nova York. Morreram todas as 259 pessoas a bordo e 11 moradores da cidade escocesa de Lockerbie. Ele foi libertado de uma prisão na Escócia em 2009, porque estava com câncer e a previsão era a de que viveria apenas alguns meses.