Três carabineiros, como é chamada a polícia ostensiva do Chile, foram tragicamente mortos na madrugada deste sábado (27) durante uma emboscada criminosa na comuna de Cañete, que fica localizada na província de Arauco.
Segundo as autoridades locais, criminosos atacaram e incendiaram o veículo dos oficiais com eles ainda estando dentro dele, todos morreram no local. As vítimas, identificadas como o sargento Carlos Cisterna Navarro e os cabos Sergio Arévalo Lobos e Misael Vidal Cid, estavam realizando uma patrulha preventiva na região quando foram surpreendidos pelo ataque criminoso.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, expressou sua indignação e pesar com o ocorrido, declarando três dias de luto nacional e descrevendo o ato criminoso como um “atentado covarde”.
"Esta madrugada recebemos a grave e dolorosa notícia de um atentado na província de Arauco em que foram assassinados três carabineros", disse o líder chileno, afirmando que não “haverá impunidade” para os responsáveis por este “terrível crime” e que eles serão encontrados.
"Iremos procurar os criminosos, encontrá-los e julgá-los. Eles responderão perante a justiça e perante o Chile. Para isso, além do apoio incondicional às nossas polícias, a melhor ferramenta é a unidade. Não se trata aqui de esquerda ou direita, governo ou oposição: trata-se de agir unidos como uma única força para fazer justiça”, afirmou Boric no X (antigo Twitter).
A ministra do Interior do país, Carolina Tohá, também se pronunciou, caracterizando o ataque como “extremadamente grave” e confirmando que os corpos dos policiais foram encontrados "carbonizados". Ela afirmou que os bombeiros chilenos foram acionados pela noite para conter um incêndio e que, ao chegar no local, constataram que se tratava de um veículo policial em chamas.
A emboscada contra os militares ocorreu em uma área que tem enfrentado diariamente atentados incendiários e violência. Assustadas e comovidas com o ocorrido, diversas pessoas prestaram homenagens aos policiais mortos na sede dos carabineiros na manhã deste sábado.
O diretor-geral dos carabineiros, Ricardo Yáñez, manifestou sua tristeza com o crime, questionando o motivo da violência contra os policiais e enfatizando que eles lutam pela segurança dos cidadãos.
Neste momento, investigações estão em andamento para esclarecer as circunstâncias do ataque e identificar os autores, com unidades especializadas mobilizadas na área.